A Ilha de Maiorca e as circunstâncias me levaram a um encontro com Miquel Barceló, onde pude falar a respeito sua existência e sua obra. A visita começou em sua oficina de cerâmica Da Taulera, e acababou em sua residência e oficina de Farrutx. “Você imediatamente viu estas peças pretas?
São fumadas -diz o artista sempre que me mostra o estudo – com a fumaça que sai da olaria, as coloquei lá, na lareira, para que fiquem com a fuligem e depois o observar, com as teias de aranha e tudo.
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Eu gosto muito. É argila por aqui ao lado, torna-se sendo assim da cor do pão, a cor dos povos de Mallorca”. A oficina é íngreme, com certa inclinação: “A terra entrava por lá e saía em maneira de telha ou o que quer que possa ser neste local. Há uma hipótese de que os anos 60 de um arquiteto francês que se chama Claude Parent sobre a arquitetura oblíqua, por causa de o oblíquo te obriga a todo o momento a estar em ação, se é horizontal está parado, se é oblíquo é dinâmico. É divertido viver em uma residência oblíqua, porque se cai algo de tabuleiro você vai rodar.
É muito sensacional como conceito filosófico”. Como Esta peça de cerâmica será preta? Nunca sei o que será. Quando você começou a fazer as cerâmicas pretas? Na África, as cerâmicas. Odeio estas cerâmicas brilhantes e de cores vivas. Eu adoro das cerâmicas de há 2 mil anos, do al-andalus, contudo, no geral, quase nada me agrada em cerâmica, eu gosto da que faziam Olhou e Fontana, alguns, todavia a cerâmica contemporânea me parece horrível. As grutas do Drach, a Catedral de Mallorca e o fundo do mar, certamente, é o que eu mais amo por aqui. Você agora viu a mão de uma garota que foi recentemente descoberto? Sim, saem coisas continuamente.
Analisam um coprolito e dizem, “tem 50.000 anos”. É uma corrida pra ver de perto quem tem a caverna mais antiga; é uma insensatez. Altamira é uma maravilha, todavia não há nada nem remotamente aproximado com Chauvet. É uma joia absoluta, a mais antiga e a incrível, é irônico.
eu me Lembro que comentaste que Chauvet tinha sido uma das impressões estéticas mais marcantes de tua vida. Esta caverna tem alguma coisa mais que Altamira, Lascaux, ou cada outra. Eu as tenho visto todas, várias vezes, é quase uma profissão. E há alguma coisa lá que não somos capazes nem sequer de aprender.
Entendemos não só como se fez Altamira porém também bastante por que. Mas, em Chauvet há uma questão que nos escapa, uma ligação dos homens com o que pintam que bem como se nos escapa, essa espécie de empatia tão profunda com o animal. A diferença de morfologia dos animais é incrível.
Em Lascaux, um bisão são todos os bisões, mesmo utilizavam-se de um paradigma, o que é muito moderno: tinham um pedaço de pele pra fazer o contorno. Quando pintar um bisão, é um bisão genérico. Em compensação, em Chauvet um cavalo ou uma leoa é esta leoa, particularmente, e não cada outra, nem ao menos antes nem depois, e você podia botar o mesmo nome e sobrenome.